São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 1995 |
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Empregados obtêm lucros
DA SUCURSAL DO RIO A perspectiva de lucro a curto prazo dos empregados que compraram ações da Escelsa a preço subsidiado diminuiu a mobilização contra a privatização da empresa.A afirmação foi feita pelo presidente do sindicato dos eletricitários do Espírito Santo, Marco Antonio Magalhães, o Marcão, quando liderava, ontem, os oito sindicalistas que vieram de Vitória para protestar contra o leilão. O sindicato é filiado à CUT. Segundo Marcão, 41,7% das ações foram reservadas para os empregados. Cada um poderia comprar entre cinco e 110 ações, a R$ 32,00 cada. Cada ação no leilão saiu por R$ 157,30. Segundo ele, quase todos os 3.100 empregados e aposentados da Escelsa compraram ações e que mais de 600 já as venderam para um banco. ``Isso desmobilizou", disse. A manifestação teve ainda 26 urbanitários e eletricitários do Rio, Bahia, Maranhão e Paraná. A Polícia Militar cercou a praça com 150 homens. Só houve tensão às 14h, quando o ministro José Serra (Planejamento) chegou, sob gritos de ``ladrão", ``vendido" e ``vendilhão da pátria". Os manifestantes usavam máscaras de burro, ironizando declaração do presidente Fernando Henrique Cardoso (``para ser de esquerda não é preciso ser burro"). Texto Anterior: Governo inicia privatização do setor elétrico pela Escelsa Próximo Texto: Para o governo, leilão foi o mais rentável Índice |
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