São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 1995 |
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Governo inicia privatização do setor elétrico pela Escelsa
FRANCISCO SANTOS
Foi também a primeira empresa do setor elétrico a ser privatizada. O preço alcançado representou um acréscimo de 11,78% sobre o preço mínimo de R$ 320,20 milhões estipulado para o leilão. O leilão de ontem encerrou o longo processo de venda da Escelsa, cheio de marchas e contramarchas. Em setembro de 94, o então presidente Itamar Franco determinou a suspensão do leilão da empresa para reexame das condições de venda. Com isso, inviabilizou o início das privatizações do setor elétrico no seu governo. Com a compra de 50% do capital da Escelsa mais uma ação, o consórcio Parcel, formado pelas empresas Iven S.A. e GTD Participações, assumiu o seu controle acionário. A Iven já possuía 20,07% do capital da empresa. Embora a Iven passe a deter 45,05% do capital da Escelsa, o acordo com a GTD prevê o controle da empresa partilhado igualitariamente. No próximo dia 20 será realizada a assembléia que vai escolher o novo Conselho de Administração da Escelsa. A Iven S.A. é uma empresa idealizada pelo Banco Pactual para participar da privatização do setor elétrico. Seu nome é uma espécie de sigla da expressão ``investimentos energéticos". Além do Pactual, participam dela os bancos Nacional, Bozano, Simonsen, Icatu e Citibank, a empresa de investimentos Oportunity Capital Parties, do economista Daniel Dantas, a fundação Centros (fundo de pensão dos empregados do Banco Central) e o grupo argentino Perez e Companc. Os estrangeiros Citibank e Perez e Companc detêm 25% da Iven. A Iven é presidida por José Luiz Alqueres, que foi presidente da Eletrobrás, a empresa federal de participações no setor elétrico. A Eletrobrás era até ontem era controladora da Escelsa. A GTD Participações é formada por 11 fundos de pensão e surgiu também para entrar nas privatizações elétricas. GTD são as iniciais de geração, transmissão e distribuição, as três funções básicas de uma empresa elétrica. Os demais são: Previ (Banco do Brasil), Fapes (BNDES), Real Grandeza (Furnas), Eletros (Eletrobrás), Baneses (Banco do Estado do Espírito Santo), Sistel (Telebrás), Fachesf (Chesf) e Petros (Petrobrás). No leilão de ontem, iniciado pontualmente às 14h, o consórcio Parcel foi representado pela corretora do grupo Bozano, Simonsen, que venceu a disputa com a corretora Graphus, representando o grupo Pawer do Brasil S.A.. O preço mínimo por ação partiu de R$ 140,72 e chegou a R$ 157,30. Texto Anterior: Casa de ferreiro Próximo Texto: Empregados obtêm lucros Índice |
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