São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 1995
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Cinco nigerianos são condenados em Franca por tráfico de drogas

RITA MAGALHÃES
DA FOLHA NORDESTE

Cinco nigerianos acusados de tráfico de drogas foram condenados de 7 a 16 anos de prisão pela Justiça em Franca (401 km ao norte de São Paulo).
Ebuzoeme Azubuike Emmanuel, Bulu Basil e Ikemma Chamberlin Mwene foram condenados, na última sexta-feira, por tráfico internacional de cocaína.
Também na sexta-feira, Sunny Gilibth, 27, e John Nwholisa, 35, foram condenados por tráfico. Os crimes não estão relacionados.
Emmanuel, Basil e Mwene traficavam a droga através de correspondências enviadas a Alemanha, Nigéria, China e Holanda.
Eles foram presos em flagrante no último dia 3 de março, depois de postar 45 correspondências para a África com cocaína. A polícia apreendeu 540 gramas de cocaína dentro das cartas.
A polícia chegou até os nigerianos depois de denúncia da Agência Central dos Correios de Franca. Os funcionários dos Correios teriam localizado a droga ao destruir as correspondências devolvidas sem os respectivos remetentes.
A denúncia foi feita no dia 8 de novembro, quando a polícia iniciou as investigações para descobrir os remetentes das cartas.
Segundo o juiz Lauro Mens de Mello, 33, Emmanuel recebeu a pena maior entre os três -de 16 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão- porque teria praticado três vezes o mesmo crime. Mwenme e Basil receberam penas de 10 anos e 8 meses de prisão cada um.
Gilibth e Nwholisa foram presos em flagrante no último dia 7 de junho, com uma mala com 2,84 kg de cocaína pura.
A droga estava dividida em três pacotes e alojadas sob o forro da mala. Segundo a polícia, Gilibth seria o responsável pela compra e camuflagem da droga.
A polícia autuou os dois em flagrante na casa de Daniel Nkemdirim Ukandu, 27, que também foi preso sob acusação de participar do tráfico.
Na casa de Ukandu também foram encontrados cem saquinhos para embalar a droga a ser vendida aos usuários.
Gilibth e Nwholisa foram julgados pelo juiz Luciano Franchi Lemes e condenados a sete anos de reclusão. Ukandu foi absolvido por falta de provas.
Segundo o juiz Mello, todos os condenados devem cumprir a pena na Cadeia Pública de Franca, cidade em que cometeram o crime, e depois serão enviados de volta à Nigéria.

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