São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 1995
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VW pede mais prazo para financiamento

Montadora nega adoção de gatilho

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Volkswagen do Brasil, Pierre-Alain De Smedt, e o vice-presidente mundial da empresa, José Ignacio López de Arriortúa, reivindicaram ontem ao presidente Fernando Henrique Cardoso a dilatação do prazo de financiamento de carros, hoje limitado a três meses.
Eles aproveitaram o anúncio formal ao presidente da instalação da nova fábrica da Volks em Resende (RJ) para pedir a mudança no prazo de financiamento.
O argumento é que as revendedoras estavam em junho com um estoque de 100 mil carros novos e outros 200 mil usados.
``Isso não dá para continuar. Acho que de maneira prudente, sem relançar a inflação, o governo tem de abrir um pouco mais as possibilidades", disse Smedt.
O presidente da Volkswagen negou que a empresa tenha proposto aos trabalhadores o reajuste automático de salários pela inflação passada, pelo qual os trabalhadores teriam reposição cada vez que este índice atingisse 6,44%.
``Essa é uma informação totalmente errada. Nós dissemos ao presidente que vamos continuar a apoiar totalmente a política do governo, que significa a continuidade do Plano Real", disse Smedt.

Preocupação
Smedt afirmou que a falta do leasing (aluguel com opção de compra no final do contrato), as taxas de juros elevadas, o financiamento de três meses e o consórcio de no máximo seis meses limitam a atividade do setor.
O presidente da Volkswagen disse que FHC mostrou ``preocupação em encontrar uma solução". A restrição ao financiamento e a manutenção de juros altos fazem parte da política de contenção do consumo adotada pelo governo para conter a inflação.

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