São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 1995
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Glenn Close encarna coronel durona em luta contra as Forças Armadas

FERNANDA SCALZO
DA REPORTAGEM LOCAL

Feito para a TV, o filme ``Servindo em Silêncio" conta a história verídica da coronel Margarethe Cammermeyer, que foi dispensada do Exército americano por ter declarado que era lésbica. Enfermeira padrão, que serviu no Vietnã, a coronel enfrentou as Forças Armadas num processo que ela venceu em junho do ano passado.
Glenn Close, com sua cara fechada, encarna a heroína militar e Judy Davis faz Diane, sua namorada, uma artista plástica bem hippie. Sobretudo Glenn Close não precisava de um andar tão duro, como se estivesse o tempo todo vestindo uma armadura.
``Servindo em Silêncio" é chato e moralista, como a maioria dos filmes feitos para a TV. Durante toda a fita, as namoradas dão só um beijo. Como afirma a coronel em seu depoimento ao Exército, o homossexualismo ``não tem nada a ver com sexo, é uma questão de identidade".
Como se isso não bastasse, não um, mas os quatro filhos da coronel Cammermeyer aceitam sem pestanejar que a mãe apareça em todas as TVs como a lésbica do Exército. Também sua nora e seu pai acham tudo normal.
Segundo estatísticas apresentadas no filme, 10% dos soldados do Exército americano são gays.
Nos últimos dez anos, as Forças Armadas teriam dispensado 15 mil por serem homossexuais. A julgar por filmes como ``Servindo em Silêncio", nada vai mudar tão cedo.

Vídeo: Servindo em Silêncio
Direção: Jeff Bleckner
Elenco: Glenn Close, Judy Davis
Lançamento: LK-Tel Vídeo

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