São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 1995 |
Texto Anterior |
Índice
Pintor escandalizou com falos
LUÍS ANTÔNIO GIRON
Invertendo a posição tradicional da figura na tela, deu o passo que considerou definitivo. O visitante contemporâneo médio de museus respira feliz diante das telas gigantes de Baselitz. Algumas têm 3 metros de altura por quatro de comprimento. Apesar de invertida, é uma arte ``para cima", alegre e muitas vezes mística. O fundamento filosófico do artista está no misticismo indiano, que afirma que as raízes da terra se encontram no céu. O mesmo não pode se aplicar às esculturas. Algumas estão em posição de saudação nazista, que o artista nega. Com o tempo, foi exconjurando seus fantasmas de pós-guerra e positivando os temas. Sua primeira mostra individual, em Berlim, em outubro de 1963, escandalizou a crítica com falos desproporcionais e imagens desfiguradas. Antes de adotar a tela, representou anti-heróis e corpos fraturados. A família e a mulher viraram o tema de suas telas tardias. O ``enfant terrible" expõe felicidade. (LAG) Texto Anterior: Georg Baselitz põe a figura de pernas para o ar Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |