São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 1995
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Funcionários criticam o projeto de Bresser

GABRIELA WOLTHERS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os representantes dos funcionários públicos que trabalham nas chamadas ``carreiras exclusivas de Estado" decidiram se unir contra a proposta do governo que pretende proibir a greve destas categorias.
Eles marcaram uma reunião na próxima terça-feira com o ministro da Administração, Luiz Carlos Bresser Pereira.
``Não aceitamos perder o direito de greve", afirmou ontem à Folha o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), Nelson Pessuto.
Além de Pessuto, estarão presentes representantes dos policiais federais, dos fiscais do Trabalho e da Previdência e dos analistas de orçamento e do Tesouro. Todos pertencem ao grupo que, segundo a proposta do governo, permanecerá com estabilidade no emprego.
Atualmente, a legislação permite a greve destas categorias, desde que seja comunicada com uma antecedência de 72 horas e que pelo menos 30% dos funcionários continuem trabalhando.
``A proibição da greve significa tirar o poder de pressão do trabalhadores", disse Pessuto. ``A pressão é feita com a paralisação e, sem este mecanismo, fica impossível negociar com o governo", completou.
Ele afirmou que a reunião com Bresser terá como objetivo ``fazer colocações" sobre a proposta. Mas deixou claro que, se o governo insistir na proibição da greve, eles vão pressionar o Congresso para derrubar a medida.

Bresser
O ministro da Administração fez ontem uma palestra sobre reforma do Estado no centro de treinamento do Banco do Brasil, em Brasília.
A palestra foi assistida pelo ministro da Saúde, Adib Jatene. No local, Bresser declarou que apóia a luta de Jatene por mais recursos para a Saúde.

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