São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 1995
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Governo mexicano nega especulação

FLAVIO CASTELLOTTI
DA CIDADE DO MÉXICO

O governo mexicano rechaçou a hipótese de que o capital que está entrando novamente na Bolsa seja de curto prazo. ``Ninguém -nem os investidores, nem o governo- quer cometer o mesmo erro de novo", disse ontem Guillermo Ortiz, ministro da Fazenda do México.
Nos últimos trinta dias, o índice de negociações da Bolsa teve alta acumulada de 25%, puxada, sobretudo, pela subida de 12,5% da última semana.
Para o economista Roberto Blum, do Centro de Investigações e Desenvolvimento, o importante é que os capitais estejam regressando ao país. Blum refere-se não só à Bolsa, mas também à emissão de US$ 1 bilhão em títulos do governo, realizada na terça-feira junto à comunidade internacional.
O governo mexicano comemorou o evento, pois tinha como previsão inicial a venda de apenas US$ 500 milhões.
Devido à alta receptividade dos investidores estrangeiros, o governo decidiu duplicar o valor da emissão.
A operação foi efetuada pelos bancos: Credit Suisse, Citibank e Bank of Tokio. Entre os principais compradores estavam bancos e corretoras dos EUA, Canadá, Europa e Japão.
Juros
Ontem, os juros dos Cetes (títulos do Tesouro mexicano) voltaram a subir. O rendimento anual dos Cetes de 28 dias (taxa líder) passou de 41,5% a 42,97%. Uma alta de 3,5% na taxa.
Especialistas atribuem o aumento a um possível reaquecimento da economia que poderia gerar pressões inflacionárias.
O Banco do México colocou à disposição US$ 600 milhões em títulos. Os Cetes de 91 e 182 dias também subiram. Em média a alta dos juros foi de 3,2%.

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