São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 1995
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Pai tenta reembolso de tratamento da filha

DA SUCURSAL DO RIO

Cinco dias depois de ter internado a filha Simone, 24, portadora de HIV, o técnico em contabilidade Jorge Nunes Gil, 49, soube que o tratamento não seria pago pela seguradora de saúde Bradesco Seguros.
Seu contrato, como a maioria dos contratos de seguro de saúde, excluía as doenças infecto-contagiosas.
Com a ajuda do Grupo Pela Vidda, Gil entrou na Justiça e ganhou uma liminar para que, por duas vezes, a filha não tivesse que deixar o hospital.
Em junho do ano passado, Simone morreu. A seguradora não pagou a conta e ganhou a causa na Justiça, em primeira instância. Jorge Gil recorreu e espera novo julgamento na 8ª Câmara Cível, em agosto.
A conta chega a cerca de R$ 50 mil. ``Pedi dinheiro emprestado e vendi o que tinha. Não tenho como pagar isso", disse.
A Bradesco Seguros informou que, atendendo à resolução do CNSP, lançou um plano de saúde com atendimento de Aids para empresas e que em breve lançará o mesmo plano para pessoas físicas.
No entanto, no caso de Gil, a empresa manterá a posição de se recusar a pagar a despesa, porque o contrato dele é anterior à resolução e não previa tratamento de Aids.

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