São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 1995
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Empresas evitam concorrência em licitação

VICTOR AGOSTINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeitura abriu ontem os envelopes da licitação para a construção de oito garagens subterrâneas. Não houve propostas para quatro delas.
Para as outras quatro, apesar de licitadas, não existirá concorrência: as empresas participantes formaram consórcios e apresentaram apenas uma proposta para cada obra.
Juntas, as garagens fornecerão 4.041 vagas de estacionamento. Os empreendimentos serão construídos embaixo de oito praças paulistanas (veja quadro ao lado).
Os estacionamentos terão 30 meses para ser concluídos.
As empresas que construírem as garagens vão poder explorar o negócio por 30 anos. Deverão cobrar preços de mercado dos usuários e precisarão repassar uma taxa, ainda não definida, para a prefeitura.
O município não investirá nada na construção das garagens.
O assessor jurídico da Secretaria dos Transportes, Eduardo Viana Mendes, responsável por analisar os documentos, não acredita que houve cartelização (acordo entre empresas para escapar da concorrência e depois dividir os lucros entre elas).
``Foram retirados 176 editais, mas só quatro consórcios tinham condições de apresentar propostas", disse Mendes.
Hélio Cerqueira Júnior, diretor da Estapar, empresa que administra 218 estacionamentos -cerca de 30 mil vagas-, também afirmou que foi uma ``coincidência".
``Concessão de garagem é um negócio novo. O empresário tem que construir, arcar com os riscos e ainda conseguir lucros em 30 anos. Temos que arrumar parceiros que tenham know-how", disse Cerqueira Júnior, cuja empresa faz parte de dois consórcios.

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