São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 1995
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Ambientalistas não concordam

DA REPORTAGEM LOCAL

A organização não-governamental (ONG) Greenpeace, que reúne ambientalistas no mundo inteiro, é contra a construção de garagens subterrâneas nas praças da cidade.
O primeiro é que os estacionamentos induzem o uso do automóvel e, com isso, aumentam a poluição. O segundo é a alegação de que as garagens vão ``destruir" a vegetação das praças.
Kishinami explica que o Greenpeace defende uma política de transportes em que os governos invistam em soluções coletivas e que não produzam poluição -como o metrô, por exemplo.
``A construção de estacionamentos incentiva o uso dos carros e a emissão gases. Não é por aí", disse Kishinami.

`Atentado'
``Do ponto de vista ambiental", afirmou o diretor-executivo, ``as obras vão desestabilizar as árvores das praças. É um atentado contra a vegetação. A garagem vai alterar o fluxo de água das árvores e elas acabarão morrendo".
Kishinami acredita que, para o parque Trianon, na avenida Paulista, onde está prevista a construção de uma garagem subterrânea, o efeito será catastrófico.
``Como os engenheiros vão enfiar uma garagem no espigão da Paulista sem afetar as árvores?", pergunta o ambientalista.
Hélio Cerqueira Júnior, diretor da rede de estacionamentos Estapar, discorda de Kishinami. Na sua opinião, a cidade de São Paulo ``precisa muito mais de garagens subterrâneas do que de praças".
``A prefeitura está de parabéns. Está no caminho certo", acredita o empresário.

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