São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 1995 |
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Reabertura do campus da USP é adiada
ROGERIO WASSERMANN
Antes do fechamento, cerca de 80 mil pessoas passavam pela USP a cada domingo de sol. Atualmente, só alunos, professores e funcionários têm acesso ao campus nesses dias. O reitor Flávio Fava de Moraes foi procurado pela Folha, mas se negou a prestar esclarecimentos sobre a questão. De acordo com sua assessoria, ele somente deve falar sobre o assunto quando o campus for reaberto. Segundo a assessoria da reitoria, os portões do campus não serão reabertos enquanto não terminarem as obras que estão sendo realizadas no local. As obras canalização do córrego Pirajussara e a construção da avenida Escola Politécnica estão praticamente prontas. A reabertura estaria sendo atrasada pela reurbanização da praça do Relógio, no centro do campus, que deve ficar pronta apenas em setembro. Mesmo após a reabertura, a idéia da reitoria é restringir o acesso à USP, sob a argumentação de que os antigos frequentadores depredavam a universidade e de que não havia segurança no campus. Entre as propostas estudadas, estão a criação de carteirinhas para os frequentadores, a proibição da entrada de carros e a criação de bolsões de estacionamento. Antigos hábitos dos frequentadores, como os jogos de futebol na praça do Relógio, devem ser proibidos. O projeto de reurbanização da praça prevê a troca dos antigos campos de várzea por bancos e canteiros de flores. Para a reitoria, o lazer na USP deve ser ``apenas contemplativo". Também devem acabar os eventos que possam chamar gente para o campus. Alguns shows realizados na USP tiveram público de até 150 mil pessoas, número que a reitoria considera excessivo e impossível de administrar. Texto Anterior: Cerimônia tem 14 séculos de tradição Próximo Texto: Público de Rodin pode chegar a 150 mil Índice |
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