São Paulo, sábado, 15 de julho de 1995
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Paranaenses não devem aderir à marcha

DA AGÊNCIA FOLHA

O movimento ``Não posso plantar - Marcha sobre Brasília" não terá adesão no Paraná, segundo informou a Federação da Agricultura do Estado do Paraná e a Sociedade Rural do Paraná.
A Polícia Rodoviária Estadual informou que 90 caminhões do movimento entraram ontem no Estado. O presidente da Sociedade Rural do Paraná, José Carlos Tibúrcio, disse que os agricultores paranaenses estão fazendo ``pressão direta" no Congresso para que seja alterada a política agrícola.
A Faep e a Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná) informaram que os agricultores já fizeram as manifestações necessárias e que não receberam orientação para entrar no movimento.
Segundo a polícia rodoviária, os motoristas chegaram ao município de Pato Branco (418 km a sudoeste de Curitiba) por volta das 13h30, realizaram um protesto na entrada da cidade e prosseguiram a viagem a partir das 14h.
O grupo é acompanhado por um carro da Polícia Rodoviária Estadual e está trafegando pela rodovia PR-373, que liga Pato Branco a Cascavel, a uma velocidade de aproximadamente 70 km/h. Não foi registrado nenhum incidente.
Os patrulheiros afirmaram que os manifestantes deveriam dormir ontem em Pitanga (a 350 km a noroeste de Curitiba) e seguir hoje para Londrina (PR) e Assis (SP).
A distância entre Pitanga e Londrina é de 250 quilômetros.
Mário Bertani, um dos coordenadores do movimento disse ontem ter feito contato com a caravana no início da tarde e que houve adesão de caminhões.
``Não sei quantos caminhões aderiram, mas é certo que não há menos que 150", disse.
Bertani informou que o comboio está seguindo em ritmo mais lento que o esperado.

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