São Paulo, sábado, 15 de julho de 1995 |
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PT fará campanha por previdência pública
EMANUEL NERI
Trata-se de uma campanha de massa com o objetivo de coletar 1 milhão de assinaturas em um mês. A campanha é uma forma de mudar a imagem do partido em relação às reformas constitucionais. Na etapa inicial das reformas, votada no primeiro semestre, o PT se mostrou apático. O partido discordava das propostas encaminhadas pelo governo, mas não apresentou alternativas. Na maioria das vezes, limitou-se a obstruir as votações. Agora, o PT quer mudar sua estratégia. Já tem pronto os dois projetos nos quais centrará esforços. O primeiro, da reforma previdenciária, é uma alternativa à proposta do governo. A projeto do PT determina que quem ganha até dez salários mínimos terá direito a se aposentar por um sistema previdenciário público. A partir desse limite, pode optar por previdência privada. Ao contrário da proposta do governo, a do PT exclui o fim da aposentadoria proporcional por tempo de serviço. O governo quer que o benefício passe a ser concedido com base na idade e no tempo de contribuição. O projeto do PT de reforma fiscal e tributária quer alargar a base de contribuintes e criar o imposto progressivo -maior renda, mais tributos. Na avaliação do PT, apenas a classe média e os assalariados pagam integralmente seus impostos. A campanha para coletar 1 milhão de assinaturas será feita nas ruas. PT e CUT colocarão cartazes e faixas para tentar sensibilizar a população. Serão armadas barracas nas principais cidades brasileiras. PT e CUT pretendem realizar manifestação em Brasília para entregar as assinaturas ao Congresso. Texto Anterior: Ruth Cardoso ganha alimento de protesto Próximo Texto: Sinusite obriga Betinho a ficar em repouso Índice |
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