São Paulo, sábado, 15 de julho de 1995
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Bresser defende que demissão seja `prática'

DA AGÊNCIA FOLHA EM PORTO ALEGRE; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Secretaria de Administração e Reforma do Estado, Luiz Carlos Bresser Pereira, disse ontem, em Porto Alegre (RS), que saber o que é justo ou injusto ``é um problema muito complicado", aludindo a demissão de funcionários públicos.
Se for aprovada a emenda do governo que ``flexibiliza" a estabilidade, quando houver excesso de quadros em um determinado órgão público, o governo terá que ser ``prático", disse Bresser.
``Quando tem que demitir um número muito grande de funcionários, porque há excesso, tem que fazer isso rapidamente e não se pode ficar esperando avaliações", disse o ministro.
Como exemplo de critérios gerais que podem ser adotados para a demissão, com a finalidade de impedir perseguição política, o ministro mencionou três categorias: os últimos admitidos no serviço público, os mais jovens ou os mais velhos.
Questionado se não seria uma injustiça, por exemplo, um jovem funcionário ser demitido, embora eficiente, Bresser disse ``que ninguém sabe exatamente o que é justo ou injusto. Temos que saber o que é possível, prático, razoável, moralmente correto".
O ministro previu que as demissões por insuficiência na avaliação do desempenho dos funcionários não serão excessivas.

Correios
A ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) demitiu ontem, por justa causa, quatro funcionários de Brasília e dois de Belo Horizonte por terem promovido atos violentos na greve da categoria, iniciada no último dia 12.
Os funcionários de Brasília foram demitidos porque usaram artefatos malcheirosos nos piquetes.
Segundo Bianchi, cerca de 70 quilos dos artefatos teriam sido adquiridos pelo Sindicato dos Empregados dos Correios do Distrito Federal para usar nos piquetes.
Os de Belo Horizonte estariam depredando veículos da empresa.
Os funcionários reivindicam a reposição de perdas e a aprovação do Plano de Cargos e Salários. Dos 79 mil empregados, a ECT diz que mil estão parados. Os sindicatos falam em 9.000.

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