São Paulo, sábado, 15 de julho de 1995
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Rubin defende ajuda dos EUA ao México

DANIELA FALCÃO

DANIELA FALCÃO; FLÁVIO CASTELLOTTI
DE NOVA YORK

FLÁVIO CASTELLOTTI
O secretário do Tesouro norte-americano, Robert Rubin, defendeu ontem à tarde no Congresso dos EUA a manutenção do plano de ajuda financeira ao México.
Rubin disse que a liberação de de US$ 2,5 bilhões, anunciada na semana passada, é sinal de que o plano está dando certo.
Até agora, os EUA já emprestaram US$ 12,5 bilhões ao México. Rubin lamentou que alguns setores do Congresso tivessem entendido que a ajuda seria cancelada.
``Houve um mal-entendido e meu objetivo é deixar claro que o plano vai continuar porque está cumprindo seus objetivos 100%. A situação financeira do México melhorou muito e nossa ajuda foi fundamental", disse Rubin.
O maior crítico do plano de ajuda ao México no Congresso é o senador Alfonse DÁmato, que preside o Comitê de Operações Bancárias. Segundo DÁmato, o México dificilmente pagará de volta o que está sendo emprestado.
O senador também afirmou que o governo federal está descumprindo os termos do palno.
``Estava acertado que os EUA emprestariam US$ 10 bilhões imediatamente e que outros US$ 10 bilhões ficariam guardados para situações de contingência. Se o México está indo melhor, não há porque continuar mandando dinheiro" disse DÁmato.

México
Em função das declarações do senador DÁmato em Washington, ontem, o índice de negociações da Bolsa mexicana caiu 43 pontos, ou 1,68%, em relação a quinta-feira. Ele conseguiu romper a tendência alcista que havia gerado um ganho acumulado de 19,5% na Bolsa do México, desde o dia 5.
A presidente nacional do PRI (Partido Revolucionário Institucional), Maria de los Angeles Moreno, que está em Washington, classificou a discordância de alguns políticos norte-americanos em seguir ajudando o México como um problema interno dos EUA.

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