São Paulo, domingo, 16 de julho de 1995
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Enfermagem não enfrenta falta de vagas

CARLA ARANHA SCHTRUK
DA REPORTAGEM LOCAL

Erramos: 20/07/95
Ana Cristina de Sá é diretora da Escola de Auxiliares de Enfermagem da USP (Universidade de São Paulo) e não diretora da Escola de Enfermagem da USP, conforme publicado à pág. 6-9 ( Empregos) de 16/7.
Enfermagem não enfrenta falta de vagas
Emprego não costuma ser o maior problema para quem escolhe enfermagem como profissão.
A maior dificuldade são os salários -R$ 1.200, em média, nos hospitais particulares- e, em segundo lugar, o horário de trabalho.
``O enfermeiro trabalha muito, com plantões de 12 horas. A remuneração pouco compensa esse esforço", diz Nazaré Pillizetti, enfermeira-chefe do Centro Cirúrgico do Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo).
No Brasil, existem cerca de sete médicos por enfermeiro, diz Ana Cristina de Sá, 34, diretora da Escola de Enfermagem da USP. Segundo ela, no Canadá e nos EUA a proporção é inversa e ideal: um médico para três enfermeiros.
``Ainda somos vistos apenas como auxiliares dos médicos", reclama Carlos Canhada, chefe de enfermagem do Hospital e Maternidade São Camilo (SP). Parte dessa confusão é explicada na própria história: a enfermagem não nasceu como profissão.
Ela teve origem na Inglaterra, no século 18, quando mulheres de classe social elevada passaram a se dedicar a doentes necessitados.
``Não somos reconhecidos como categoria, apenas individualmente. Esse ou aquele é bom, não é a coletividade que presta um bom serviço", afirma Canhada.
Para Lourdes Sangliano, supervisora do Hospital das Clínicas (SP), a recuperação do paciente depende em grande parte da atuação do enfermeiro -e não somente do trabalho da equipe médica.
Os enfermeiros são responsáveis pelos cuidados pós-cirúrgicos e pelos demais procedimentos que envolvem a reabilitação do doente.
Atualmente o bom profissional deve ter conhecimento não apenas da área médica, mas também de psicologia e informática.
Os computadores são os mais novos aliados no acompanhamento diário dos pacientes. A psicologia é utilizada no relacionamento entre o enfermeiro e o paciente.
``Excelente formação é sempre um ingrediente indispensável para conseguir um bom emprego", opina Ana Cristina de Sá, diretora da Escola de Enfermagem da USP.

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