São Paulo, domingo, 16 de julho de 1995
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Brasileiros tentam fugir de vexame na Indy

MAURO TAGLIAFERRI
ENVIADO ESPECIAL A TORONTO

A matemática da Indy intriga qualquer ciência exata. Quem explicaria, por exemplo, a equação: dois pilotos canadenses valem mais do que sete brasileiros?
Um especialista em cálculo diria que haveria um fator que, multiplicado aos dois canadenses, os tornaria mais valiosos.
Qual seria, então, tal fator, que faz com que Jacques Villeneuve e Paul Tracy, sozinhos, levem o Canadá aos 133 pontos na Copa das Nações da Indy, contra 121 dos sete brasileiros juntos?
``A categoria é muito competitiva. Quem está deixando a desejar são as equipes dos brasileiros", disse Mauricio Gugelmin.
Se nenhum brasileiro chegar na frente hoje em Toronto, Canadá, onde a partir das 14h30 (de Brasília) acontece a 11ª etapa da Indy em 95, será a 25ª corrida da categoria com apenas uma vitória brasileira -Emerson Fittipaldi, em Nazareth (abril passado).
Como explicar isso a uma torcida acostumada a ver seus corredores frequentando o pódio?
``Em termos de performance, não acho que estejamos mal. Mas admito que os resultados decepcionam", disse Christian Fittipaldi.
``Há três novatos entre os brasileiros. Não dá para esperar deles o mesmo desempenho de um veterano", falou André Ribeiro, ele mesmo um estreante na Indy.
``Tem muito cara que está no primeiro ano, chega em sexto lugar numa corrida e diz que está bom porque é o primeiro ano. Eu não fico satisfeito com o sexto lugar, apesar de este ser o meu primeiro ano", opinou Gil de Ferran.
Talvez a explicação, de acordo com Emerson Fittipaldi, seja mais singela.
``Os canadenses terminaram mais corridas, quebraram menos e estão constantemente entre os três primeiros. Os brasileiros não estão tão regulares." Simples, não?

NA TV
O SBT transmite o GP de Toronto, ao vivo, às 14h30h

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