São Paulo, segunda-feira, 17 de julho de 1995 |
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Centro foi construído no início deste século
ANTONIO ROCHA FILHO
Segundo o Ministério da Marinha, o depósito só não armazena mísseis e torpedos. ``No local há desde munição para armas pesadas, como canhões, até para armas mais leves, como fuzis", afirma o almirante de esquadra da reserva Mario Cesar Flores, ex-ministro da Marinha. Segundo ele, trata-se do maior depósito de munição da Marinha no Brasil. O local existe desde o início do século, mas passa por modernizações periódicas. Segundo Flores, ``o depósito é considerado moderno". O almirante diz que o risco de que um acidente no local atinja as comunidades vizinhas é pequeno. Segundo ele, a topografia da ilha, com vários morros, ajuda a proteger as regiões vizinhas. ``Além de não haver grandes comunidades por perto, o Boqueirão tem a vantagem de ser uma ilha com bastante relevo. E os paióis, onde é guardada a munição, são construídos de maneira a explodir para cima", diz o ex-ministro da Marinha (leia texto ao lado). Segundo ele, os paióis são construídos de maneira que acidentes como o de ontem tenham reflexos reduzidos em pessoas que estejam fora do depósito. Na ilha do Boqueirão, só funciona o depósito de munição da Marinha. Só trabalham no local os homens encarregados de guardar a munição. Não há outros departamentos do ministério no local. Entre 400 e 500 homens trabalhariam na ilha, mas a maioria não mora no local. Flores afirma que um depósito de munição russo também teve uma explosão há sete ano. ``Mas a explosão no depósito russo teve uma dimensão bem maior e chegou a afetar uma cidade vizinha", disse Flores. Texto Anterior: Depósitos eram semi-enterrados Próximo Texto: Obra vai piorar tráfego no Pacaembu Índice |
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