São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 1995
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Produtores rurais aderem ao movimento

DA AGÊNCIA FOLHA

Sete ônibus com cerca de 240 produtores rurais saíram de Votuporanga e Fernandópolis, interior de São Paulo, ontem para alcançar o ``caminhonaço" de protesto que vai até Brasília.
Outros oito ônibus, além de carros, com mais 300 produtores partem hoje da região de Rio Preto (SP) para participar do movimento denominado ``Não posso plantar - Marcha sobre Brasília" contra a política agrícola do governo.
O comboio de agricultores, que saiu de Uruguaiana (RS) no dia 12, deve chegar à Brasília amanhã, com cerca de mil caminhões, segundo o movimento.
Ontem à tarde, líderes do movimento e representantes do CNA (Conselho Nacional de Agricultura) se reuniram em Brasília para discutir as reivindicações do setor.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Jales (SP), José Candeo, o principal problema do setor na região são os preços dos insumos agrícolas (adubos e fertilizantes), que subiram mais do que o valor das principais culturas plantadas na região.
José Beran, 84, presidente do Sindicato Rural de Fernandópolis, afirmou que parte da colheita de algodão está estocada até que os compradores paguem o preço mínimo do produto (cerca de R$ 5).
O produtor rural Luiz Fernando Ferreira Fontes, 39, presidente do Sindicato Rural de São José do Rio Preto, armazenou a colheita de 22 mil arrobas de algodão até encontrar compradores dispostos a pagar o preço mínimo do produto.
A Associação Agropecuária e o Sindicato Rural de Guaratinguetá vai realizar hoje uma mobilização para apoiar o movimento.
Às 6h, cerca de 30 agricultores deverão sair do Fórum e ir em passeata até o centro da cidade.
Segundo o diretor do Sindicato Rural, Paulo Lucchesi, as máquinas agrícolas ficarão estacionadas até às 12h próximas aos bancos que financiaram a safra -Banco do Brasil, Caixa Econômica Estadual e Banespa.

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