São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 1995
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Continental e Papaiz param

DA REPORTAGEM LOCAL; DA FOLHA ABCD

Folha ABCD
Os metalúrgicos da Continental 2001 e da Metal Frio estão em greve desde ontem.
Eles pedem R$ 1.497 de abono a título de participação nos lucros, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
A Continental tem 3.000 funcionários e a Metal Frio, 900. Outras duas empresas pequenas em São Paulo estão paradas.
O sindicato divulgou ontem o disk-participação nos lucros: (011) 239-1470. A idéia, segundo Paulinho, é obter informações sobre a produção e lucro das empresas que muitas vezes são ocultados pelos empresários na negociação.
Em Diadema, no ABCD, os funcionários da Papaiz, fábrica de cadeados, também entraram em greve ontem. Os trabalhadores reivindicam a reposição da inflação de abril a junho, medida pelo IPC-r, de 6,44%, mais 3,13% de resíduo.
Além disso, querem participação nos lucros e redução da jornada semanal para 40 horas.
A empresa propôs o pagamento de 3,21% de reposição, mais os 3,13%. A proposta foi rejeitada.
Hoje, os funcionários da Nakata, também de Diadema, esperam a resposta da empresa sobre a pauta de reivindicação, idêntica à da Papaiz.
A Kostal, indústria metalúrgica de São Bernardo, anunciou ontem um programa de demissões voluntárias com objetivo de reduzir em 10% o quadro de funcionários. A Kostal oferece dois salários de abono e quatro meses de assistência médica.
Trabalhadores da empresa Firestone, de Santo André (SP), fizeram ontem dois protestos de 15 minutos cada, às 6h e às 14h, contra a morte do operário Sérgio Maia, 34, na sexta-feira. Maia morreu eletrocutado dentro da casa de força. A posição da empresa deve ser divulgada hoje.

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