São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 1995
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Empresas mexicanas têm valor reduzido

FLAVIO CASTELLOTTI
DA CIDADE DO MÉXICO

Caiu 70% a participação de empresas mexicanas na lista das 200 maiores companhias dos chamados países emergentes, elaborada pela corretora norte-americana Morgan Stanley. A lista, publicada na edição desta semana da revista ``Business Week", é formulada anualmente com base no valor de mercado das empresas.
Segundo análise da Morgan Stanley, as grandes companhias perderam 75% de seu valor real de mercado e foram substituídas por empresas asiáticas. A desvalorização do peso e a queda do preço das ações mexicanas na Bolsa de Nova York são as principais causas da escassa participação do México este ano, afirma a corretora.
Em 94, o México contava com seis empresas entre as 15 primeiras do ranking. Esse ano apenas uma, a Telmex, se manteve nesse grupo. A TElevisa (maior cadeia de telecomunicações do país) foi uma das companhias mais afetadas pela crise. Com uma queda de 72% em seu valor de mercado, ela passou da décima posição em 94 para a centésima em 95.
Há caos piores. O grupo financeiro Bancomer que em 94 figurava em 27º lugar simplesmente desapareceu da publicação. O mesmo aconteceu com a produtora de pães Bimbo, que em 94 estava em 53º lugar.

Cautela
Com alta de 5,2% na semana passada, a Bolsa mexicana ocupou o segundo lugar em rentabilidade entre os mercados acionários do mundo, informou a corretora norte-americana Gldman Sachs & Co.
Apesar do otimismo de muitos economistas em função da volta de capitais ao país, o ministro da Fazenda, Guillermo Ortiz, segue cauteloso.
``O governo só vai proclamar a sanidade da economia quando o setor real apresentar claros sinais de recuperação", disse o ministro.
Ortiz refere-se aos índices de mão-de-obra ocupada e atividade industrial, que nunca estiveram tão baixos.

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