São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 1995 |
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Projeções já indicam déficit de US$ 350 milhões em julho
LILIANA LAVORATTI
A queda nas importações é a principal causa da redução do déficit na balança comercial, pois as exportações permanecem estáveis. A previsão é dos ministérios da Fazenda e da Indústria, do Comércio e do Turismo (MICT). O governo está cauteloso na projeção do resultado da balança comercial de julho pelo fato de ainda faltarem dez dias úteis para terminar o mês. O movimento registrado até ontem, no entanto, mostrava uma queda vertiginosa das importações e a estabilidade das exportações. Análises preliminares feitas no governo indicam que em julho está se consolidando a tendência de queda nas importações verificada em junho, quando excluídas as compras no exterior de combustíveis, lubrificantes e automóveis de passageiros. A média diária das importações de automóveis e de lubrificantes e combustíveis cresceu 41,3% e 25,8%, respectivamente, em junho em comparação com maio. Já as importações de matérias-primas e bens de capital, que vinham crescendo até abril, caíram 1,4% e 0,9% no mês passado em relação a maio. Além das medidas de contenção do crescimento da economia, as importações estão sendo influenciadas pela situação de estoques altos nos principais setores produtivos. Pelos cálculos do Ministério da Fazenda, existiam cerca de 300 mil automóveis estocados nos pátios das montadoras e nas revendedoras no final de junho, o que equivale a 45 dias de produção. Texto Anterior: A falácia da guerra fiscal Próximo Texto: Governo afasta crise cambial Índice |
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