São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
EUA derrotam o México nos pênaltis
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Os Estados Unidos passaram às semifinais da Copa América ao derrotarem o México, na cobrança de pênaltis, por 4 a 1. No tempo normal, houve empate em 0 a 0.A equipe norte-americana é a grande surpresa da competição: perdeu por 1 a 0 para a Bolívia e derrotou o Chile, 2 a 1, e a Argentina, 3 a 0. Já a mexicana foi eliminada da mesma forma que na Copa dos EUA, em 94, quando perdeu nos pênaltis para a Bulgária. O México entrou em campo ontem disposto a devolver a goleada de 4 a 0, sofrida há cerca de um mês, na US Cup 95. E para isso, apostava no oportunismo do artilheiro Luis García (4 gols na competição). O técnico Steve Sampson escalou uma nova formação defensiva, com Caligiuri, Burns, Lalas e Jones. Os dois times passaram todo o primeiro tempo preocupados em se defender. Com cinco jogadores no meio-campo, os Estados Unidos conseguiram impedir as principais jogadas de ataque mexicanas. Já no ataque, a equipe criava chances de gol. Aos 39min, por exemplo, Wynalda avançou pelo meio, entrou na área e chutou no contrapé do goleiro Jorge Campos, que voltou-se a tempo e fez a defesa. Na continuação da jogada, Campos lançou Bernal pela direita e, em dois toques, a bola chegou para o meia Salvador, no ataque. Ele invadiu a área, mas chutou sobre o corpo do goleiro Friedel. No segundo tempo, apenas dois chutes a gol foram dados, ambos pelo ataque norte-americano. Num deles, o goleiro Jorge Campos fez uma defesa ``acrobática", saltando nos pés de Jones, que entrava com a bola dominada na área. Nervoso e isolado no ataque, García Aspe foi expulso após agredir o zagueiro Lalas. Com a postura defensiva adotada por ambas as equipes, a vaga para as semifinais acabou sendo decidida nos pênaltis. Os Estados Unidos tiveram 100% de eficiência, convertendo suas quatro cobranças. Já no México, só Luis García marcou. Hermosillo e Coyote chutaram fraco e permitiram as defesas do goleiro Friedel. O técnico mexicano, Miguel Mejía Barón, disse que sua equipe jogou uma boa partida, mas ``perdeu para ela mesma", se referindo à expulsão de García Aspe a à ineficiência ofensiva. ``O México teve altos e baixos na competição. Mas foram exemplares a união e o amor à camisa que os jogadores mexicanos demonstraram", disse. Barón disse ainda que tem um compromisso com a Federação Mexicana até as eliminatórias do Mundial de 98, na França, e que pretende cumprir seu contrato. Estados Unidos e México, da América do Norte, foram convidados pela Federação Sul-Americana para voltar a participar da Copa América. Em 93, o México foi vice-campeão, perdendo a final para a Argentina. Agora, os EUA, que disputam pela primeira vez a Copa, já estão entre os quatro melhores do torneio. Os norte-americanos se despediram de Paysandú com uma faixa de agradecimento com os dizeres ``Obrigado Paysandú. Seleção dos EUA". Os 7000 torcedores presentes ao estádio José Artígas torceram claramente para os EUA. Os dirigentes esperam que, com a boa campanha desempenhada pela equipe na Copa América, cresça o interesse do público norte-americano pelo ``soccer". Foi por isso que o país abrigou a Copa de 94. Na ocasião, os EUA foram eliminados pelo Brasil por 1 a 0, gol de Bebeto. Texto Anterior: Esquema `secreto' da Argentina dá resultado Próximo Texto: ``The Times" condena a atitude de Hill em GP; Clube da Espanha quer contratar meia Juninho; Parreira vai dirigir time em partida beneficente; Villeneuve negocia sua permanência na F-Indy Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |