São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 1995 |
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`Escola' tem lado instrutivo
INÁCIO ARAUJO
Produzido pelos Trapalhões, o filme desvia-se do público habitual do grupo (infantil) e corteja os adolescentes, através de Angélica, apresentadora de TV, e Supla, roqueiro. A confusão, quase inevitável, foi sedimentada pela presença dos Trapalhões no elenco. Não que eles façam muita coisa. Estão lá para constar, mais como figuração. Mas o título do filme agrega um "atrapalhada" que põe tudo a perder. Liga-se a TV pensando em Os Trapalhões, mas eles quase não estão lá. Ao mesmo tempo, é compreensível que estejam, mesmo que meio enxertados, porque a história diz respeito à ameaça de demolição de uma escola. Ou seja, é um tanto ingênua para adolescentes, um público demolidor por excelência. Em todo caso, enquanto existiu uma produção brasileira corrente de cinema, Os Trapalhões foram dos poucos a tentar trabalhar com um público-alvo, a visar alguma coisa. É claro, quando se fala na falta de visão dos produtores (e também diretores) brasileiros, passamos por aí: quando não se tem um mínimo de clareza sobre quem se pretende ter como espectador, e sobre quem é esse espectador imaginário, caminha-se às cegas. O resto, em matéria de catástrofe, é decorrência. (IA) Texto Anterior: Passarella não quer gays na própria! Próximo Texto: Jovem não deve entrar na onda `albanesa' Índice |
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