São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 1995
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Governo deve definir hoje venda da RFFSA

BNDES quer que negócio seja iniciado ainda em 95

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O Conselho Nacional de Desestatização poderá definir hoje, a partir das 15h, em Brasília, o cronograma de privatização dos serviços da RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.). Este será o principal assunto da reunião do conselho.
Segundo a diretora de Desestatização do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Elena Landau, o governo pretende negociar ainda este ano pelo menos uma das 12 regionais em que está dividida a RFFSA. O BNDES é o gestor do programa de privatização.
A privatização no setor ferroviário não será uma venda de patrimônio, como vem ocorrendo nas demais privatizações do governo. O que será feito é a passagem ao setor privado da operação do serviço, através de um contrato de arrendamento.
O governo ainda não definiu qual a primeira das regionais da RFFSA a ser colocada à venda. A de maior apelo comercial é a SR-3 (Superintendência Regional - 3), com sede em Juiz de Fora (MG) e que administra a malha mais rentável do eixo Rio-São Paulo-Minas Gerais.
São também consideradas comercialmente atrativas no mercado a SR-5 e a SR-6, que abrangem os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (parte da malha catarinense pertence à SR-9, com sede na cidade de Tubarão), e a SR-4, que tem sede em São Paulo.
Além de discutir a privatização da RFFSA o Conselho de Desestatização vai também ouvir uma exposição do ministro dos Transportes, Odacir Klein, sobre as perspectivas de privatização no setor de transportes em geral.

Petroquímicas
O governo pretende concluir até novembro deste ano a venda das 13 empresas do setor petroquímico ainda incluídas no programa de privatização.
A primeira venda, marcada para 15 de agosto, será da Copene (Companhia Petroquímica do Nordeste), a maior das três centrais de matérias-primas petroquímicas do país. As outras são a PQU, em São Paulo e a Copesul, no Rio Grande do Sul, ambas já privatizadas.
O governo vai leiloar 32,76% do capital da Copene pelo preço mínimo de R$ 241,3 milhões. Atualmente, a empresa é controlada pela Petroquisa (subsidiária da Petrobrás) e pela Norquisa (Nordeste Química S.A.), cada uma com cerca de 48% do capital.
As últimas petroquímicas a terem vendidas as participações minoritárias do Estado nos seus capitais deverão ser Polibrasil, Poliderivados, Koppel e EDN.
Elas têm participação acionária do grupo Cevekol, em processo de falência. O BNDES ainda negocia com a massa falida os detalhes jurídicas para vender a parte da Petroquisa nessas empresas.

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