São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 1995 |
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Técnicos perseguem cobras com transmissores de rádio
ANDRÉ MUGGIATI
``Os estudos já existentes são sobre a vida das cobras em cativeiro. Não havia como acompanhá-las na natureza", afirmou. Em uma primeira fase, os pesquisadores se dedicaram ao estudo de jararacas e surucucus -que não apresentou resultado porque os dois exemplares morreram. As jararacas nascem com 20 centímetros, podem atingir até 1,6 metro quando adultas e são responsáveis por 80% dos acidentes com cobras no Amazonas. As cobras são submetidas a uma cirurgia de 30 minutos para implantação do emissor de rádio e libertadas no mesmo local onde foram capturadas. Três vezes por semana, com auxílio do rádio, os pesquisadores vão ao local onde a cobra está e apuram o deslocamento desde o último ponto onde o animal foi visto. Com esse procedimento, Martins descobriu que as jararacas não se movem com frequência, permanecem bastante tempo em uma área restrita e se alimentam de cinco a 15 vezes por ano ingerindo ratos, sapos e lagartos. Uma das cobras passou 14 meses em uma região de 20 mil metros2 (equivalente a pouco menos que três campos de futebol). A tecnologia usada foi cedida por pesquisadores de universidades norte-americanas. Texto Anterior: Colecionadores avaliam se recorrem à Justiça Próximo Texto: Vende-se: ex-centro de tortura, em bom estado Índice |
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