São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 1995
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`Marca' é grande obra do amargo Welles

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DE CINEMA

Se tivesse só o plano de abertura, "A Marca da Maldade" já seria um dos grandes filmes de todos os tempos. Orson Welles fez, simplesmente, a câmera atravessar uma cidade, indo do detalhe até a visão de conjunto de todo seu cenário.
Isso (e o que se segue), Welles deve em grande parte a Charlton Heston, que jogou todo seu prestígio (muito grande em Hollywood) para o filme sair.
Heston faz o policial mexicano às voltas com o estranho Quinlan (Welles), tira americano famoso na sua equipe por nunca ter deixado um caso sem solução.
O conflito gira em torno de um mistério: quem é Quinlan, seus métodos, as coisas que esconde. De passagem, vale lembrar que qualquer acontecimento na fronteira México/EUA já é conflitivo.
"A Marca" não é, como "Kane", filme de gênio-menino. É a obra amarga de um maduro contrabandista de imagens.

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