São Paulo, sexta-feira, 21 de julho de 1995
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Slash se diz um roqueiro à moda antiga

O integrante dos Guns N'Roses, que faz 30 anos domingo, lamenta o fim da tradição da guitarra no rock
O inglês Slash se define um roqueiro fanático. Ele não dispensa o personagem, incorporado com um cigarro no canto da boca, uma garrafa de Jack Daniel's na mão e a guitarra atirada no colo, mesmo durante uma gravação com o rei do pop, Michael Jackson.
Na continuação da entrevista, ele lamenta o fim da tradição do herói da guitarra no rock.

Folha - Você teme que a figura do herói da guitarra esteja em extinção no rock dos anos 90?
Slash - Sim, as pessoas parecem não se ligar tanto no guitarrista como antigamente.
Acho que as bandas mais novas só querem reclamar. Elas não prestam muita atenção aos instrumentos. Arranjam uma melodia e cantam sobre coisas que consideram erradas no mundo.
Eu prefiro interpretar a música. Não vejo porque ser azedo, resmungar e xingar o tempo todo, embora esta pareça ser a tendência atual na música pop.
Folha - Como você encarou o ataque do grupo Nirvana, que chegou a chamar Guns N'Roses de rock da indústria?
Slash - Não me importo sobre o que digam. Não leio o que sai escrito sobre a gente.
Folha - Nem as críticas negativas ao disco do Snakepit?
Slash - Quem não gostou devia estar esperando um ``disco de guitarrista solo", mas eu nunca tive a intenção de fazer isso. Nunca quis me exibir ou provar o quanto toco bem, tipo um Joe Sartriani.
Folha - Como é tocar guitarra nos discos de Michael Jackson?
Slash - Quem? (risos) Michael é legal. Ele é diferente da minha praia, mas me deixa à vontade no ambiente dele.
Em outras palavras, eu abuso dos meus cigarros, meu Jack Daniel's e minha guitarra, do jeito que eu faria em qualquer lugar. Ele não cria problemas com isso. Eu só ponho uma guitarra roqueira na música dele e ele fica contente.

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