São Paulo, sábado, 22 de julho de 1995
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Rennó defende financiamento

SILVIA NORONHA
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Petrobrás, Joel Mendes Rennó, defendeu ontem, no Rio, a operação de financiamento dos usineiros de álcool, cujo montante poderá chegar a US$ 200 milhões.
A Petrobrás receberá empréstimo do BB (Banco do Brasil) para efetuar pagamento antecipado aos usineiros do equivalente a um mês de fornecimento de álcool.
Rennó afirmou que a operação é vantajosa. O BB captará recursos no exterior para repassar à estatal.
O valor do empréstimo, acertado anteontem no Rio, será de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões. Segundo Rennó, se houver necessidade, a Petrobrás poderá pedir a repetição da operação.
Rennó disse que, no mínimo, serão cobrados os juros aplicados sobre o financiamento. A estatal será "100% ressarcida", disse Rennó.
O presidente do Banco do Brasil, Paulo César Ximenes, evitou dar detalhes sobre o empréstimo da instituição à Petrobrás. Ele negou-se a dizer qual a remuneração que o BB terá com o empréstimo. "Pô, meu irmão, empresa pública não tem que dar informação sobre o que está ganhando em cada operação", disse.
A ministra da Indústria e Comércio, Dorothea Werneck, afirmou ontem, em Lisboa, que a compra de estoques de álcool pelo governo é a "única maneira" de evitar que preço do combustível suba.
"Subir o preço na bomba agora seria complicado porque certamente isto teria impacto nos preços de outros combustíveis", disse a ministra, que integra a comitiva do presidente Fernando Henrique Cardoso na viagem a Portugal.
Dorothea Werneck explicou o acordo negociado com os produtores de álcool prevê a compra antecipada de estoques no valor de US$ 200 milhões. O custo será coberto pelo Tesouro Nacional, informou a ministra.

Colaborou a enviada especial a Lisboa

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