São Paulo, domingo, 23 de julho de 1995
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Falam como criança

O ator Felipe Folgosi, 21, fez muito laboratório no Teatro Escola Célia Helena e não tem nada contra namorar atrizes, mas detesta que façam vozinha de criança -ou qualquer outra- fora de cena.
``Às vezes me pergunto se essas meninas que falam o tatibitate querem ser nenê, ou o quê. Acho lamentável uma mulher de 20 anos com trejeitos de criancinha de 2."
Felipe só perdoa quando a afetação vem acompanhada de bom humor. ``Se a garota imita outras que fazem isso e debocha delas, morro de rir. Me ganha totalmente."
O restauranteur Franco Ravioli, 32, acredita que a ``regressão" está ligada à faixa etária da mulher. ``Geralmente elas passaram da idade, estão mais para tias, e gostam de tratar a gente no diminutivo."
As acusações de incesto vão mais longe. O produtor musical Fernando ``Billy" Mello, 23, dispensou três namoradas, ``na sequência", por causa do que chama ``complexo de mamãezinha".
``Elas adoram nos tratar como filhinhos, mas comigo não tem essa. Quando começa com aquele pipipi, dududu, dadada, boto para correr."
Mello diz que as três namoradas que teve de despachar só deram sinal de ``infantilidade retroativa" depois de algumas semanas de namoro. ``É sempre assim. Nos primeiros dias, tudo corre as mil maravilhas. De repente, surge aquela voz, como se fosse uma doença no sistema nervoso."
Mais sucinto, o engenheiro Luís Ricardo Pegorin, 25, fecha a questão batizando as meninas adeptas da vozinha de criança. ``Elas ficam muito Mariazinhas."

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