São Paulo, domingo, 23 de julho de 1995 |
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Anonimato incentiva usuário
VICTOR AGOSTINHO
Segundo ela, o fato de a pessoa poder esconder sua verdadeira identidade durante os debates permite que cada um extravase sua fantasia, invente personagens e libere a criatividade para dar coerência aos personagens. ``Quando se entra nesse jogo, o prazer é fazer o outro sentir prazer. Na Internet não está em jogo o exibicionismo, que tem a ver com o olhar, mas a perversão. O traço de perversidade está na palavra, no que se escreve", afirma. A psicanalista acredita que o usuário que navega no sexo virtual da Internet ``aposta que o outro, que alguém, vai ter prazer". ``E ele acerta na aposta quando esse outro alguém responde. Está aí o gozo, que não precisa, necessariamente, estar vinculado à ejaculação." Hisgail tem dúvidas se alguns debates da Internet, mesmo os mais pesados, podem ser considerados pornografia. ``O conceito de pornografia está ligado ao lucro. Isto é muito polêmico, mas acho que as conversas na Internet são perversão e não pornografia." (VA) Texto Anterior: Estudante dá receita de cantada cibernética Próximo Texto: Entenda como se `transa' pelo computador Índice |
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