São Paulo, domingo, 23 de julho de 1995 |
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Usuário critica estudo sobre pornografia
MARIA ERCILIA
O estudo no qual a reportagem se baseou, "Marketing Pornography on the Information Superhighway", teve parte de seus resultados publicados com exclusividade pela "Time". Desde então, descobriu-se que o autor da pesquisa, Martin Rimm, tinha também realizado um estudo aos 16 anos, na escola, que mostrava que 65% de seus colegas já tinha participado de jogo ilegal em cassinos. Rimm escrevera ainda um livro intitulado "O Livro do Pornógrafo: Como Explorar Mulheres, Enganar Homens e Ganhar Montes de Dinheiro", utilizando dados colhidos na pesquisa, do qual vários trechos foram reproduzidos e colocados na Internet. O estudo, financiado pela Universidade Carnegie Mellon (EUA), analisava imagens pornográficas e suas descrições na Usenet (conjunto de grupos de discussão e troca de imagens na Internet) e em BBS pornográficos. O fato de ter sido apresentado pela "Time" como uma evidência de que o tráfego de pornografia por computador é enorme suscitou críticas, principalmente entre os usuários da própria rede. Na semana em que a "Time" saiu, surgiram contestações à sua validade e ética em mensagens na rede. A estatística de que 83,5% dos arquivos da Usenet é de imagens pornográficas, por exemplo, pode ser contraposta a outra: as imagens pornográficas representam 0,5% de todas as mensagens que circulam na Internet. A "Time" acaba de publicar artigo do mesmo autor da capa polêmica, Philip Elmer-DeWitt. Segundo a "Time", a Carnegie Mellon constituiu um comitê para examinar o estudo de Rimm. Texto Anterior: Entenda como se `transa' pelo computador Próximo Texto: EUA aprovam emenda que controla rede Índice |
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