São Paulo, domingo, 23 de julho de 1995 |
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Procuram-se novas vozes para comerciais
PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
Quem conseguir provar que tem talento e decidir investir nas cordas vocais pode ``levar a vida no gogó": os ``jingles" rendem entre R$ 165 e R$ 1.000 por trabalho. ``O mercado está carente de novas vozes", afirmam Zé Rodrix, 47, e Tico Terpins, 48, sócios da A Voz do Brasil. ``Os bons sempre têm chances", garante Vicente Salvia, o Viché, 52, da Cardam. O caminho para ser ouvido por uma produtora não é difícil (veja ao lado). Na Play It Again, por exemplo, o estúdio é aberto todas as segundas-feiras para testes. Arthur Minassian, 34, sócio-diretor, diz que o setor dá mais oportunidades para homens. ``Infelizmente, os clientes não acreditam na credibilidade da mulher para vender, só para comprar." Dados da Associação Brasileira das Produtoras de Fonogramas Publicitários -que reúne 30 produtoras- mostram que o mercado de comerciais continua aquecido. No primeiro quadrimestre deste ano, foram ao ar 1.178 novos comerciais contra 1.206 no mesmo período de 94. Em abril de 95, foram 347 locuções e 182 trilhas. ``Muitas vezes uma campanha pede uma voz diferente e é preciso encontrá-la rapidamente. Se ela está no arquivo da produtora fica tudo mais fácil", diz Sérgio Campanelli, 46, sócio-diretor da MCR. ``Não faltam casos de talentos descobertos ao acaso nas produtoras", afirma Júlio César Moschen, 39, sócio e produtor da Lua Nova. Há o caso do pintor que assobia ``como um passarinho", da mulher do amigo ``que cantando parece o Pavarotti de saias", do vizinho que tem o tom de voz do Mário Covas e que, ``trabalhada num estúdio, consegue vender tudo". ``Se a pessoa acha que tem potencial, tem mais é que se exibir, não pode ter pudor", ensina Luiz Guilherme, 43, diretor da Matrix. Próximo Texto: Supremo suspende MP que trata dos salários Índice |
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