São Paulo, domingo, 23 de julho de 1995
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Fundação profissionaliza microempresas informais

DA REDAÇÃO

Um bom negócio pode nascer dentro de casa. Com o tempo, a empresa familiar pode se profissionalizar e ganhar fôlego de uma empresa profissional.
A Fundef (Fundação para o Desenvolvimento das Atividades Econômicas Familiares de São Paulo) é uma entidade que ajuda empresas informais nesse momento de transição.
``Ajudamos o empreendedor informal até o momento em que ele registra sua própria empresa", afirma Gino Pereira dos Reis, presidente da Fundef.
O processo de capacitação das empresas informais leva pelo menos um ano. ``Acredito que nesse período o empresário já esteja capacitado".
Para essa formação, a Fundef oferece cursos de como abrir uma conta de empresa em banco, contabilidade, grupo de compras, fluxo de caixa e marketing de produto, por exemplo.
As atividades da Fundef são apoiadas pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e FOS (Federação de Obras Sociais).
Além dos cursos e seminários, a entidade possui uma assessoria para auxiliar os empresários informais a implantarem os processos administrativos em suas empresas.
A Fundef já chegou a ter sua própria linha de crédito para aumentar o capital de giro e compra de pequenos maquinários para empresas. ``A linha deve voltar este ano", acredita Reis.
Porém, recomenda, as empresas -informais ou não- devem evitar os empréstimos bancários.
``Só devem contar com esse tipo de dinheiro quando tiverem certeza que podem pagar."
Em dez anos de atividade, a Fundef contou com 4.473 associados, fez 5.563 assessorias e 1.589 orientações para abertura de microempresas. Não é cobrada taxa para quem esteja interessado em se associar à Fundef.
A entidade só cobra taxas nos cursos e seminários. ``Passamos a cobrar porque algumas pessoas deixavam de comparecer. São preços simbólicos, mas que disciplinam os empresários."
Fazendo os cursos e seguindo os conselhos da entidade, Fernando Sampaio Barbosa, 24, abriu a loja de moda jovem SecretSurf.
Com 13 anos Barbosa já fazia camisetas de surfwear, conciliando essa atividade com seu emprego.
Em 1992, ele e seu irmão, Aílton, 21, decidiram profissionalizar a segunda opção de renda.
Inicialmente, ele fabricava camisetas e decidiu ampliar a confecção com moletons e acessórios.
Agora, abriu uma loja que está sendo legalizada com ajuda da Fundef. ``Terceirizo a costura e a estamparia para poder fabricar até mil peças por mês." Além da sua loja, revende os produtos para mais duas outras.
Outro empresário que contou com a ajuda da Fundef foi Sérgio Narimatsu, 39. Ele e seu irmão abriram a Pet Shop JS em maio deste ano. Os Narimatsu decidiram se unir no empreendimento. Sérgio fez um curso de administração de microempresa na Fundef e o irmão, um de tosa e banho.

ONDE ENCONTRAR:
Fundef - (011) 549-5255, das 8h às 17h.

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