São Paulo, terça-feira, 25 de julho de 1995
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Estudo traça histórico da política educacional em São Paulo desde 64

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao analisar um dos períodos mais movimentados da rede pública de ensino do Estado de São Paulo -o do governo Montoro, de 1984 a 86-, Thaís Soares, 49, localiza um dos principais males da educação brasileira.
``As políticas públicas, de maneira geral, são formuladas para dar resposta no curto prazo", diz ela. Só que, com educação, os resultados têm um período de maturação muitas vezes mais longos do que o de uma gestão de governo.
Para piorar, há uma alta rotatividade de secretários de Educação no Estado -desde a época de Montoro, a média é de um secretário por ano-, cada qual com sua própria proposta.
O resultado é uma rede -de 6.800 escolas- com uma série de projetos, ``reformas" e outras intervenções inacabadas.
A tese ``A escola pública paulista na transição democrática - 1984-86" traça um histórico a partir de 1964. A entrada do governo Montoro na área é vista de forma positiva por Soares.
Esse governo fez uma ampla reforma curricular, investiu em capacitação, aumentou os turnos das escolas para que a rede pudesse atender mais alunos, implementou o Ciclo Básico -no qual até hoje os alunos não são reprovados na 1ª série-, entre outras iniciativas.
``Foi um avanço incrível", diz Soares. Só que, aí, vieram novos governos, mais de uma dezena de secretários da Educação e ``a efetividade da política educacional dos dois anos do governo Montoro ficou limitada ao seu curto prazo".

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