São Paulo, terça-feira, 25 de julho de 1995 |
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Para médico, sobrevivência é rara
DA REPORTAGEM LOCAL Segundo o professor titular de obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Marcelo Zugaib, pelo menos 99% das crianças gestadas fora do útero morrem antes do parto por não conseguirem se desenvolver.Normalmente, a gravidez abdominal é resultado de um caso em que o óvulo começou a se formar no ovário em vez de no útero. O ovário expele o óvulo, uma vez que não tem condições de suportar seu crescimento. O óvulo, então, adere a um dos tecidos do abdômen ou a um órgão, como o fígado, e começa a se desenvolver. Ao sair do ovário, o óvulo já está acompanhado de um tecido chamado ``trofoblasto", que origina a placenta, órgão que envolve o feto durante toda a gravidez. Esse tecido adere a uma parte do corpo da mãe e começa a absorver o sangue que será usado para manter a vida do feto. A criança se liga à placenta através do cordão umbilical. Segundo o médico, esse tipo de gravidez é muito arriscada para a mãe. ``Quando o abdômen é aberto e o feto retirado, a placenta continua grudada a um órgão ou tecido. Muitas vezes, ao retirá-la, há grande risco de uma hemorragia", diz. Zugaib afirma que, em alguns casos, os médicos optam por deixar a placenta no abdômen para que o próprio corpo a absorva. Texto Anterior: Dois bebês gerados fora do útero nascem em Porto Alegre e Olinda Próximo Texto: Atraso em entrega de carta irrita usuário Índice |
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