São Paulo, terça-feira, 25 de julho de 1995
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Valor da terra para citricultura cai pela metade em Ribeirão Preto

LUÍS EBLAK
DA FOLHA NORDESTE

O preço da terra para a citricultura caiu pela metade desde o início do ano na região de Ribeirão Preto, a maior produtora de laranja do país.
Segundo o Sindicato Rural de Araraquara, em dezembro passado, o alqueire (24,2 mil metros quadrados) de terra para plantação de laranja valia R$ 14 mil, em média. Hoje, o preço da mesma área caiu para R$ 7.000.
Os dados são referentes às regiões de Araraquara, Taquaritinga e Matão, onde estão instaladas também algumas das principais indústrias de suco do país, como a Cutrale e a Citrosuco.
O preço do alqueire nessas regiões chegou a custar, em agosto do ano passado, R$ 20 mil.
Nicolau Souza Freitas, 53, presidente do sindicato, diz que o mercado de terra para citricultura está parado por causa da falta de dinheiro na agricultura.
``Como não está havendo negócios de áreas para plantação de laranja, os preços estão caindo demais. A tendência é de maior queda ainda este ano", diz.
Para Freitas, a terra era uma reserva de capital. Quando lhe faltava recursos, o produtor vendia uma determinada área para buscar capital e evitar empréstimos em bancos.
Hoje, com a crise de liquidez do setor agrícola -falta de dinheiro a curto prazo-, a venda de terra seria uma saída para o produtor.
Sem essa possibilidade por causa dos baixos preços da terra, o agricultor fica sem saída para conseguir recursos, avalia Freitas.

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