São Paulo, quarta-feira, 26 de julho de 1995 |
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EUA combatem pornografia em computador
DANIELA FALCÃO
O trabalho dos cybercops é simples: eles passam o dia acompanhando as mensagens que entram nos ``public chat rooms" (diretórios comuns a todos usuários). Quando aparece uma imagem ou mensagem pornográfica, eles localizam o usuário e o transferem para os diretórios privados, em que é vedado o acesso a menores. Se a pessoa continuar insistindo em enviar mensagens nos diretórios comuns, os cybercops podem afastá-la da rede. Na segunda-feira, em debate no Congresso, as empresas prometeram dobrar o número de cybercops até o fim do ano. Há seis meses, a America On-Line (maior do ramo nos EUA) tinha apenas 4 cybercops. Hoje, tem 24 e, até o fim deste ano, deve chegar a 50 cybercops. ``Eles são a maneira mais eficaz de combater a pornografia nos computadores", diz William Burlington, advogado da America On-Line e representante da empresa nos debates no Senado. O único problema é que os cybercops não têm como controlar o que ocorre nos diretórios privados e na comunicação via e-mail. No projeto de lei que regulamenta o uso da pornografia em serviços on-line, é exigido que as empresas controlem todos os serviços que oferecem. O projeto, já foi aprovado no Senado, deverá ser votado pela Câmara na próxima semana. Para virar lei, precisa ter o aval do presidente dos EUA, Bill Clinton. ``É tecnicamente impossível fazer o que o Senado quer. Se o projeto passar no Congresso e for aprovado por Clinton, as empresas desistirão de trabalhar com diretórios particulares", diz Burlington. Como alternativa, as empresas de computação prometeram colocar à disposição dos pais, sem qualquer custo, serviços que bloqueiam o acesso a diretórios em que há pornografia. Texto Anterior: COA ganha novo prédio no centro de São Paulo Próximo Texto: FHC pede mudanças em lei de trânsito Índice |
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