São Paulo, quarta-feira, 26 de julho de 1995 |
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México emite US$ 500 mi em títulos
FLAVIO CASTELLOTTI
Os principais compradores são bancos privados japoneses, disse Ortiz, quem espera repetir o ``êxito" da emissão de US$ 1 bilhão, realizada há duas semanas. Na nova operação, os papéis têm prazo mais longo -três anos, contra dois anos da emissão anterior- e taxa de juros menor, que Ortiz preferiu não especificar. O ministro reconhece que as taxas oferecidas são altas (5,5% superior a Libor -taxa líder dos mercados internacionais. ``Porém, é melhor captar recursos a taxas elevadas que não poder captar nada, situação que vivemos no começo do ano por falta de credibilidade", disse Ortiz. Para Ortiz, a volta do México ao mercado voluntário de capitais e as características da nova emissão são um sinal claro, de que a crise financeira está superada. ``As prioridades agora são o combate ao desemprego e a reativação gradual da economia", disse ontem o ministro, em entrevista promovida pela Câmara Norte-americana de Comércio. Em tom otimista, Ortiz anunciou que a inflação na primeira quinzena de julho foi de 1,1%, a mais baixa do ano. Ele prevê uma taxa de 2,1% para o mês e taxas inferiores a 2% até o fim do ano. Segundo o ministro, o México utilizou apenas 44% dos US$ 48 bilhões que recebeu. O montante de Tesobônus caiu de US$ 29,2 bilhões para US$ 6,4 bilhões, no primeiro semestre, e as reservas passaram de US$ 6,1 bilhões para US$ 13,8 bilhões. Contudo, o desemprego, ``problema mais sério do país", só seria resolvido a longo prazo. Entre abril e junho, segundo cálculos preliminares, o PIB (Produto Interno Bruto) caiu de 5% a 6%. No primeiro trimestre, o PIB mexicano caiu 0,6%. Como reflexo, a taxa de desemprego vem subindo desde dezembro. Em maio, chegou a 6,6%, recorde histórico para o país. Texto Anterior: A reforma necessária Próximo Texto: Argentina ganha investimentos Índice |
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