São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 1995
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Ataques deixam 24 mortos no Peru

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Ataques terroristas dos grupos peruanos Sendero Luminoso e Tupac Amaru deixaram ao menos 24 pessoas mortos desde anteontem.
Uma mina terrestre colocada pelo Sendero Luminoso matou anteontem oito policiais e quatro civis em Laccoc (440 km a sudeste da capital, Lima), quando um caminhão de transporte do Exército passava pelo local.
O ataque de anteontem ao caminhão do Exército foi preparado com horas de antecipação. A explosão atirou o caminhão com os 12 passageiros para longe.
Membros do Sendero Luminoso saíram de seus esconderijos, pegaram as armas que estavam com os policiais e colocaram mais explosivos no caminhão, para matar os sobreviventes.
Um outro grupo de 30 senderistas matou dois policiais que guardavam uma obra do Ministério dos Transportes, na Província de Ayacucho, sudeste do país.
Integrantes do Sendero Luminoso mataram também sete membros de uma família do vilarejo de Quicagrande, 500 km ao norte de Lima. As vítimas teriam delatado integrantes do grupo à polícia.
Um soldado peruano e dois guerrilheiros do grupo terrorista Tupac Amaru morreram em confrontos em região de floresta amazônica 300 km a leste de Lima.
Na quinta-feira passada, um ataque do Sendero Luminoso contra um quartel havia deixado 16 militares e 20 guerrilheiros mortos.
O ataque ocorreu na região amazônica do Peru. Foram colocadas minas no local e, depois, os integrantes do Sendero Luminoso mataram os feridos.

Guzmán
Foi lançado nesta semana em Santiago (capital do Chile) o livro ``Abimael Guzmán e Sendero Luminoso", que trata da fundação da guerrilha e dos últimos dias em liberdade de seu fundador.
Abimael Guzmán, 60, está preso desde o dia 12 de setembro de 1992 no Peru. Ele foi condenado à prisão perpétua e está muito doente em uma prisão subterrânea de segurança máxima. Ele já foi preso por seis vezes.
O Sendero Luminoso apareceu pela primeira vez em maio de 1980. O grupo, que segue as idéias do líder chinês Mao Tse-tung, já causou 25 mil mortes e gastos de mais de US$ 22 bilhões.
Guzmán, chamado de ``presidente Gonzalo" por membros do grupo, acreditava em uma luta armada rural. Ele, como Mao Tse-tung, considerava que os camponeses deveriam fazer a revolução socialista. O grupo conta hoje com 700 militantes.

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