São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 1995 |
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Militares vão decidir ataques na Bósnia
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS A ONU definiu ontem que os ataques a alvos sérvios na Bósnia serão decididos pelos dois comandantes militares que mantém na região. O representante civil das Nações Unidas (ONU) na região foi excluído das decisões.A determinação foi dada pelo secretário-geral da ONU, o egípcio Boutros Boutros-Ghali, depois que os EUA reclamaram do condicionamento de ações militares na região à aprovação ou não do comando civil das Nações Unidas. A pressão norte-americana ocorreu após o fim de reunião da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, a aliança militar ocidental) em Bruxelas (Bélgica). Ficou decidido que os aviões da Otan vão atacar os sérvios que avançarem sobre o encrave de Gorazde, o único que ainda não caiu no leste do país. As forças ocidentais também irão bombardear posições sérvias preventivamente, caso haja movimentação de tropas contra outras áreas protegidas no país. Boutros-Ghali fazia questão da participação de Yasushi Akashi, enviado da ONU para a ex-Iugoslávia, nas decisões sobre ataques. O governo norte-americano, por meio de diplomatas, deixou claro para o secretário-geral que não concordava com a posição. Ficou estabelecido que a decisão final sobre o uso da força será do comandante das Nações Unidas nos Bálcãs, o general francês Bernard Janvier, e do chefe da Força de Proteção da ONU na Bósnia, o general britânico Rupert Smith. Ontem, o chanceler russo, Andrei Kozirev, anunciou que os sérvios da Bósnia se comprometeram a não atacar Gorazde. Ele se encontrou, na Sérvia, com o comandante militar dos sérvios bósnios, Ratko Mladic, e disse que a Rússia está disposta a reforçar as forças da ONU em Gorazde. Os países da Otan também definiram que pode haver ataques contra outras áreas protegidas sob ameaça sérvia, mas não detalharam em quais condições. O encrave de Bihac está sob ataques. Texto Anterior: Operação contra a pornografia infantil na Internet faz 40 presos Próximo Texto: Senado aprova fim de embargo Índice |
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