São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 1995 |
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Senado aprova fim de embargo
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O Senado dos Estados Unidos aprovou ontem o fim do embargo de armas contra a Bósnia, imposto em 1991 pelas Nações Unidas para toda as repúblicas que compunham a Iugoslávia.A decisão precisa agora passar pelos deputados e pelo presidente Bill Clinton, que avisou pretender vetar a medida. Votaram pelo fim do embargo 69 senadores; 29 foram contrários. Segundo o porta-voz da Casa Branca, Mike McCurry, a decisão dos senadores foi "deploráve"l. "A questão é simples. Bósnios têm suas mulheres estupradas e filhos assassinados porque não conseguem se defender", disse o líder da oposição republicana no Senado e autor da proposta, Bob Dole. A medida foi aprovada com uma emenda que pede a Clinton a convocação do Conselho de Segurança da ONU para discutir o fim do embargo. Na Rússia, um assessor do presidente Boris Ieltsin criticou a medida. "Se o embargo for suspenso para os bósnios, não vejo dificuldades para que os deputados russos votem algo semelhante sobre a Sérvia", afirmou Sergei Karaganov a uma rede de TV russa. O embargo havia sido considerado ilegal pela Organização da Conferência Islâmica, entidade que reúne 52 Estados de maioria muçulmana. Ontem, o Irã conclamou outros países islâmicos a defender os muçulmanos dos ataques sérvios. O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota pedindo "ajuda para manter a existência da Bósnia e para providenciar sua defesa". A região da ex-Iugoslávia foi ocupada pelos muçulmanos entre os séculos 14 e 19. Anteontem, a Turquia havia anunciado extra-oficialmente acordo militar para treinar e armar o Exército bósnio. Ontem, o país enviou 118 toneladas de suprimentos para os muçulmanos da Bósnia. A Arábia Saudita doou US$ 50 mil. Brasil Entidades pró-direitos humanos e religiosas vão fazer um ato contra a guerra na Bósnia amanhã em frente à Câmara Municipal de São Paulo. O protesto, que deve começar às 15h no auditório externo Freitas Nobre, é coordenado pela Ordem dos Advogados do Brasil. Texto Anterior: Militares vão decidir ataques na Bósnia Próximo Texto: Refugiados de Zepa são 2.500 Índice |
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