São Paulo, sexta-feira, 28 de julho de 1995
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Cidade ganha hoje sistema inédito de telefones com oito algarismos

ANTONIO ROCHA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A partir da meia-noite de hoje São Paulo passa a ter números de telefone com oito algarismos.
A Telesp (Telecomunicações de São Paulo) estará alterando o número de 7.400 telefones do prefixo 61, da região de Campo Belo, Moema e Brooklin (zona sul).
O prefixo passa a 5561. Os demais algarismos ficam iguais.
Durante 90 dias, as ligações para os números antigos serão interceptadas por uma gravação que vai informar o novo prefixo.
Em caso de ligações vindas do exterior, a gravação terá quatro versões: em inglês, francês, espanhol e japonês.
Segundo a Telesp, com a alteração São Paulo vai se equiparar a cidades do Primeiro Mundo, como Paris e Tóquio, que adotam o sistema, ainda inédito na América.
Márcio Silva Faria, 48, chefe do departamento de coordenação comercial da Telesp, diz que a medida faz parte do programa de expansão da rede telefônica no Estado. ``Com a numeração atual a expansão está limitada."
A Telesp tem pronto o cronograma de alterações nos números de telefone até abril de 97.
Nesse período, os números de cerca de 2,5 milhões de telefones -60% das linhas do Estado- serão modificados.
Segundo Faria, até abril de 97 todos os telefones da Grande São Paulo terão oito dígitos.
Só neste ano, 885 mil telefones em todo o Estado terão sua numeração alterada.
No interior, ao final das mudanças, todos os telefones passarão a ter sete algarismos (com prefixo de três dígitos). O processo foi iniciado em abril último, em Santos.
No caso do interior, também haverá alteração no número do DDD, que passará de quatro algarismos para três.
Segundo a Telesp, os assinantes estão sendo avisados por carta, com três meses de antecedência.
As alterações vão permitir que a capacidade de combinações numéricas (e consequentemente de linhas telefônicas) chegue a 126 milhões na telefonia convencional e a 16 milhões na telefonia celular, diz Faria.
Atualmente o Estado tem 4 milhões de terminais telefônicos convencionais e 305 mil celulares.
O déficit -número de pessoas inscritas, que esperam a linha- chega a 700 mil telefones convencionais, só na Grande São Paulo.
Segundo Faria, durante um certo tempo telefones com seis, sete e oito dígitos irão conviver.
Ele afirma que as modificações não trarão nenhum acréscimo nas contas telefônicas.
Nas próximas três semanas, a Telesp estará mudando os prefixos de 47,4 mil telefones na Grande São Paulo. No dia 12 de agosto, mudam os prefixos 595 (Benjamin Constant) e 569 (Consolação), respectivamente para 3115 e 3159.
No dia 19, muda o 709 (Osasco), para 7209. Até o dia 12, a mudança vai atingir 35 mil telefones de Jundiaí.
Hoje também serão alterados, os prefixos 913 (Guarulhos) e 948 (Brás), respectivamente para 603 e 608. A medida visa liberar os prefixos com algarismo inicial 9 apenas para a telefonia celular.

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