São Paulo, sexta-feira, 28 de julho de 1995
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Final será confronto de sonhos dos rivais

VALDIR ESPINOSA
ESPECIAL PARA A FOLHA

É uma decisão, um sonho de duas grandes equipes.
O sonho palmeirense, de conquistar o terceiro título estadual de forma consecutiva, envolve torcedores, diretoria e jogadores, e cresceu em importância, por ter como adversário, nesta final, o seu principal inimigo de campo.
Os corintianos sonham com uma decisão na qual possam repetir o gesto realizado no estádio Olímpico, do Grêmio, em Porto Alegre, pela Copa do Brasil: a volta olímpica.
Todo amante do futebol sonha em poder assistir à decisão de domingo e ver um espetáculo de bom nível técnico.
O torcedor cobra empenho e profissionalismo dos jogadores. Sem violência, praticando o verdadeiro ``fair play".
Um dos meus sonhos era participar desta decisão. Infelizmente, não pude viver este momento, por ter sido acordado antes do final.
A contratação de jogadores de qualidade para o ataque do Palmeiras, fato que sempre ressaltei como importante para chegar à final do Paulistão, o qualifica, mas não o aponta como favorito.
É que, numa decisão, sempre há um fator maior: a superação.
Enquanto treinador, sempre preguei que cada momento deve ser vivido no seu próprio tempo e estudado de acordo com as exigências.
Por isso, num momento, resolvi priorizar a Libertadores e classificar a equipe entre os sete do Campeonato Paulista.
Agora, não: na reta final não deve mais haver prioridades.
Assim sendo, não pode mais haver prioridade entre as competições.
O Palmeiras deve disputar, com a mesma vontade, a Taça Libertadores da América e o Campeonato Paulista.
O Palmeiras pode sentir desgaste físico e psicológico, devido a esta simultaneidade de competições, mas seus atletas e a comissão técnica farão de tudo para que isso seja minimizado.
O Corinthians tem a vantagem dos empates, mas certamente irá em busca da vitória.
A vantagem do regulamento só irá ser sentida e pensada durante todos os 15 minutos do segundo tempo da prorrogação.
Ambas as equipes devem jogar lutando pela vitória durante os dois jogos.
Nem Corinthians nem Palmeiras, pela sua rivalidade, vão querer perder nenhuma das partidas.
Finalmente, alguns fatos em comum entre ambos: seus técnicos, que começaram a caminhada rumo ao título, não chegam à final.
Outra: nesta decisão, estarão presente as duas maiores torcidas de São Paulo.
Certamente, terão um comportamento tão bom como o apresentado durante todo o campeonato.

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