São Paulo, sexta-feira, 28 de julho de 1995 |
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Não existe pecado em ver ``O Padre" Tema da produção é polêmico ZECA CAMARGO
Produção: Reino Unido, 1995 Direção: Antonia Bird Elenco: Linus Roache, Cathy Tyson Onde: a partir de hoje em São Paulo, nos cines Olido 3, Liberty, Center Iguatemi e circuito Pobre padre Greg. Não basta viver o conflito entre sua opção homossexual e as restrições da Igreja Católica quanto a isso. O outro padre com quem ele vai morar faz da caseira sua amante. Uma adolescente abusada sexualmente pelo pai revela isso a Greg na confissão -e ele não pode interferir. E, para completar, Greg vira manchete de jornal por ter sido pego em público com seu namorado. Some a tudo isso o fato de que a história se passa numa Irlanda hipocritamente conservadora e aí você tem um caldeirão de polêmicas. A quase estreante diretora, Antonia Bird (que também fez o novo filme de Chris O'Donnel e Drew Barrymore, ``Mad Love", inédito no Brasil), consegue tirar o máximo de emoção de Greg. O ator é o motivo de maior credibilidade do filme, ainda que, segundo o roteirista do filme (Jimmy McGovern), ele não seja homossexual na vida real. Provocando minipolêmicas nos territórios cristãos onde foi exibido, "O Padre" agora passa por um teste no Brasil. Graças à sua honestidade, mesmo os mais católicos hão de concordar que assistir ao filme não constitui pecado grave. Nada que duas Aves Marias não possam absolver. Texto Anterior: "A Sombra da Dúvida" evita excessos Próximo Texto: ``Traindo o Inimigo" explora a culpa Índice |
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