São Paulo, sábado, 29 de julho de 1995
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Governadores do NE pedem tratamento especial

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Governadores do Nordeste defenderam ontem em Recife um tratamento diferenciado do governo federal para a região, como forma de diminuir a desigualdade social e de renda no país.
"O Brasil é uma composição de quatro países dentro de um só: a Amazônia, o Nordeste, o centro-sul e o extremo sul, unidos milagrosamente pelo idioma português, disse o governador de Alagoas, Divaldo Suruagy (PMDB).
Para ele, a injustiça ocorre porque desiguais são tratados "de maneira igual. A saída, disse, "é o governo promover o desenvolvimento das regiões mais pobres.
O governador do Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves Filho (PMDB), apóia a idéia, desde que as ações não ganhem caráter assistencialista.
Já o governador do Piauí, Francisco de Assis de Moraes Souza (PMDB), o Mão Santa, buscou em seu Estado os exemplos do que considera "país injusto.
"No Piauí há procurador recebendo R$ 21 mil por mês. Dá para pagar o salário dos presidentes dos EUA, França e Uruguai.
Os governadores foram a Recife para participar de reunião ordinária da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste).
Em Fortaleza, o governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), declarou que "a desconcentração de renda no Brasil só vai ser feita quando houver uma clara política de desenvolvimento e desconcentração industrial regional.
Segundo Tasso, "a desconcentração começa no país quando começar também pelos Estados. Ele afirmou que seu governo está empenhado em desenvolver o interior do Estado.

Colaborou a Agência Folha, em Fortaleza

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