São Paulo, sábado, 29 de julho de 1995
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Moradores de Ribeirão aprovam a agitação

DA FOLHA NORDESTE

Os vizinhos do estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto (319 km a norte de São Paulo), onde acontece o jogo entre Corinthians e Palmeiras amanhã, afirmam que estão gostando da agitação causada pela final do Campeonato Paulista na cidade.
Eles dizem que não se incomodam com a presença de torcedores ``importados" de várias localidades do Estado, vendedores ambulantes e até guardadores de carros.
``Fica uma loucura no dia de decisão, mas não está nos incomodando", afirma o médico ortopedista Ronaldo Freire, 35, que mora em frente ao estádio.
Como o estádio fica num vale, na Ribeirânia, um bairro nobre da cidade, Freire observa os torcedores nas arquibancadas, mas não consegue assistir aos jogos da sacada de sua casa.
``Só vejo a bandeirinha de escanteio", diz ele, que deve acompanhar a partida decisiva ao lado da mulher Maria Helena Cury, que é corintiana.
A garagem de sua casa vai abrigar também os carros de alguns amigos. ``Ficamos apavorados no primeiro jogo semifinal, mas nada aconteceu", diz Maria Helena.
Outros vizinhos entrevistados pela reportagem da Folha também dizem que não se incomodam com a final em Ribeirão.
A professora universitária Flávia Cosac Chodraui, 35, aprova o policiamento e não se importa com o jogo. Nem ela nem sua família gostam de futebol.
``O policiamento está bem organizado e evitou algumas briguinhas no último jogo", diz. Ela e a família viajavam e chegaram no momento em que Palmeiras e São Paulo entravam em campo.
``Tinha um carro na entrada da garagem, mas o dono do veículo saiu logo", afirma Flávia, que mora há quatro anos em frente ao estádio e só o lotado quatro vezes: no amistoso entre Brasil e Polônia, em 93, e nos três clássicos semifinais deste ano, entre Corinthians e Santos e Palmeiras e São Paulo.

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