São Paulo, sábado, 29 de julho de 1995 |
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Direção alega superlotação
AURELIANO BIANCARELLI
Maria Luiza Zeppelini, diretora-clínica do hospital, disse que Fiore encaminhou a ela três denúncias no último ano. ``Constatamos falha de estrutura e deficiência de enfermagem, mas não negligência médica", afirmou. Maria Luiza é citada em vários dos supostos casos de negligência e irregularidades apontados por Fiore. Maria Luiza atribui alguns casos à superlotação do hospital. O Ferraz de Vasconcelos tem 299 leitos e atende 25 mil pacientes por mês. ``A região precisa do dobro de leitos." A Secretaria da Saúde, que recebeu cópia do documento, diz que vai apurar as denúncias, mas observa que o médico cometeu infrações éticas graves ao trazer a público nomes e histórico clínico de pacientes e ao questionar a conduta de colegas. Fiore disse que obteve cópias dos prontuários por meio de funcionários do hospital que não se identificaram. ``A denúncia deveria antes ser encaminhada aos superiores e à secretaria. O fato nos causa estranheza, pois não sabíamos de nada", diz Nilson Ferraz Paschoa, da Coordenadoria de Saúde da Grande São Paulo. O Ministério Público informou que a representação está na assessoria do procurador-geral de Justiça que nomeará um promotor para o caso. O Conselho Regional de Medicina já abriu sindicância para apurar as denúncias. A direção do hospital e os médicos citados terão 30 dias para explicar as acusações. (AB) Texto Anterior: Médico acusa hospital de 200 mortes Próximo Texto: Moradores de Ribeirão aprovam a agitação Índice |
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