São Paulo, sábado, 29 de julho de 1995
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Preços sobem 1,6% nos supermercados

FRANCISCA RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

Os preços nos supermercados de São Paulo registraram altas expressivas entre os dias 19 e 26 deste mês.
Em média, o aumento foi de 1,03%, contra 0,19% na semana anterior. Os hortifrutigranjeiros e os cereais tiveram as maiores elevações.
Nos hipermercados, os preços subiram 0,66% nesta semana. Na anterior, houve alta de 0,17%.
Desde o dia 28 de junho até o dia 26 deste mês, os supermercados acumulam alta de 1,67%, enquanto os preços nos hipermercados subiram 0,80%.
Os dados são da pesquisa do Datafolha, em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo. A coleta abrange cem itens de higiene, alimentação e limpeza.
Para o economista Gil Pace, a alta dos supermercados não está sendo maior porque eles não estão repassando integralmente os aumentos por parte da indústria.
Quanto ao aumento dos hortifrútis (5,82%), embora seja inverno, não se justifica.
``Estamos tendo um inverno inusitado, com temperaturas altas."
Pode ser que os produtores tenham plantado menos, temendo prejuízos no inverno, o que força a alta dos preços. É a única explicação, diz ele. ``Ou estão havendo reajustes por hábito, já que os produtos sobem sempre nesta época."
Com relação a elevação do preço dos cereais (2,92%), Pace diz que são normais nesta época.
"Estamos entrando na entressafra, que se apresenta mais difícil neste ano, uma vez que a agricultura foi abandonada pelo governo. E a perspectiva é de que a safra tenha queda entre 10% e 15% no próximo ano", analisa.
A tendência é de alta para esses produtos até novembro ou dezembro, principalmente arroz e milho. Como consequência, sobem os preços do frango e dos ovos, diz o economista.
A cesta pesquisada pelo Datafolha, só com alimentos básicos, teve alta de 2,03% na semana, contra queda de 1,39% na anterior.
A carne de primeira teve aumento de até 3,76%. O arroz teve reajuste médio de até 3,41% e o café, de até 3,19%.

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